Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Pinterest O papel e a visão sobre a mulher na sociedade como um todo estão mudando, e já não era sem tempo. Por muitos séculos a mulher foi dominada pelo homem. A explicação pode ter relação ao fato de que a superioridade e dominação masculina foram instituídas, ao menos nas sociedades ocidentais, desde que a civilização humana existe. Cabiam somente aos homens a condução das ações políticas, militares, industriais, ao mesmo tempo em que eram historiadores do sexo masculino que escreviam a história destas ações. Muitas ideias geniais surgiram de cérebros femininos, mas as autoridades não permitiam patentes registradas em nome de mulheres, que passavam o crédito para os maridos. Foi o caso de Bertha e Karl Benz. Ele era um engenheiro falido, e foi Bertha, sua esposa, quem investiu em uma empresa de fundição. Com conhecimentos em mecânica adquiridos com o pai e em livros, ajudou e apoiou o desenvolvimento do primeiro carro motorizado do mundo. A patente ficou somente em nome de Karl Benz. Além de ter sido a responsável pela popularização do automóvel, Bertha Benz foi o primeiro piloto de teste da história, ainda que ilegalmente. Sem que o marido soubesse e sem o conhecimento das autoridades, Bertha Benz realizou a primeira viagem de longa distância com o veículo motorizado Patent-Motorwagen Nº 3, em 1888. Bertha dirigiu o triciclo por 106 km, de Mannheim até Pforzheim, na Alemanha, levando como passageiros os filhos Richard e Eugen, de 13 e 15 anos de idade. Ela enfrentou diversos problemas pelo caminho, conhecendo todo o projeto, solucionou como pode. Bertha chegou a usar um prendedor de cabelo para desentupir o tubo de combustível e uma de suas cinta-ligas como isolante. Com um tanque de apenas 4,5 litros, ela precisava parar de cidade em cidade para abastecer o veículo. Bertha relatou toda a viagem ao marido e sugeriu melhorias que foram adotadas no modelo, como o uso da terceira marcha para as subidas. Com receio de que os freios não funcionassem nas descidas, ela inventou também a lona de freio, que renovava em cada cidade por onde passava. Com esta viagem Bertha Benz ganhou notoriedade. Conseguiu mostrar que o invento era útil ao público, e com as melhorias implantadas o automóvel se transformou em um sucesso comercial. Karl Benz conquistou a confiança necessária para continuar o seu trabalho, contando sempre, é claro, com a inteligência, visão empreendedora e percepção minuciosa de detalhes da esposa. Somente em 1944, no dia do aniversário de 95 anos, Bertha Benz foi reconhecida publicamente pelas suas ações. Recebeu uma homenagem e o título de Senadora Honorável do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe, instituição onde o marido recebeu também o título honorário de doutor. Ela faleceu em 5 de maio, dois dias depois. Benz Patent-Motorwagen 1886, o primeiro carro do mundo –Crédito: Reproduções Toda esta introdução faz parte de uma pesquisa sobre a mulher no automobilismo feita pela jornalista Eni Alves. Nos últimos anos a representatividade feminina vem crescendo no esporte a motor, e apesar da falta de apoio, as mulheres têm conquistado bons resultados e mostrando que, também na velocidade, elas conseguem ganhar o foco das atenções.
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