Principal Matérias Velocidade no Asfalto FIA Girls on Track enfrenta reveses na etapa da Mitsubishi Cup no Velocitta

FIA Girls on Track enfrenta reveses na etapa da Mitsubishi Cup no Velocitta

Time teve que trocar de piloto por causa da dengue e precisou substituir a navegadora que iria estrear

Eclipse Cross R #61 no Velocitta
(Ricardo Leizer / Fotovelocidade / CFA)

A participação do FIA Girls on Track na segunda etapa do rally cross-country de velocidade Mitsubishi Cup, disputada no sábado, 11, no circuito de terra do Autódromo Velocitta, em Mogi Guaçu (SP), com o Eclipse Cross R #61 da equipe Spinelli Racing, não foi bem como planejou a CFA (Comissão Feminina de Automobilismo) da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo).

Acometida por dengue, a piloto Moara Sacilotti não teve como participar. Em seu lugar, correu a piloto Pâmela Bozanno. E a navegadora Elisa Lacerda, que iria estrear, também não conseguiu competir. Convocada para apresentação dos aprovados em um concurso público na sexta-feira, 10, não pôde estar presente nos treinos e na classificação que define a ordem de largada. Em seu lugar esteve Fábio Pedroso, que já havia sido o navegador de Moara na primeira etapa.

Experiente, mas estreante – Expert em UTVs (veículos utilitários multitarefas),  iniciada no rally em 2021, Pâmela acumula resultados como o quinto lugar na geral e o segundo lugar na categoria T3.2 do SARR (South America Rally Race), o nono lugar na T4 da etapa do Marrocos do Campeonato Mundial de Rally Cross-Country, e o primeiro lugar na UTV3 do Rally Jalapão, do Rally RN 1500 e do Sertões, tudo  em 2022, ano em que foi campeã brasileira nessa categoria. Ela foi a primeira mulher do Brasil a pilotar no SAAR, no Rally de Marrocos, e no Rally Dakar, em 2023.

Mas esta foi a primeira vez que ela pilotou um carro propriamente dito em uma competição: “É um tipo de rally completamente diferente do que estou acostumada, com provas mais longas, de centenas de quilômetros. Neste, foram três voltas de 30 km. O UTV é um carro menor, automático. O Eclipse tem câmbio sequencial, embreagem… bastante coisa para assimilar. Na corrida, não fiquei satisfeita com a primeira volta. A segunda foi sensacional, já tinha pegado a mão do carro, aprendido a trocar de marcha certo, e quando acabou a terceira, eu queria mais 30 km. Fiquei muito impressionada com a estrutura e a organização da Mit Cup. Foi superbacana!”. 

Meca nova – Esta também foi a primeira vez para a mecânica Ana Cristina da Silva, que tem mais de 20 anos de experiência profissional, mas nunca havia atuado em uma corrida: “O pessoal da Spinelli foi muito solícito. Na quinta-feira já cheguei trabalhando, ajudando no preparo do carro, e cada um para quem eu fazia uma pergunta sempre tinha uma boa explicação. Conheci vários sistemas que são utilizados nos carros de rally e pude ver as diferenças entre eles e os carros de rua. Também foi legal que, por mais que seja uma competição, não tem clima pesado, todos se ajudam e torcem pelos outros. Eu amei a experiência e já quero fazer um curso de piloto, porque além de aprender a consertar esses carros ou melhorar essas joias eu quero é dirigi-las também!”.

Sob pressão – Em sua segunda participação no time do FIA Girls on Track Brasil na Mit Cup, a estudante de engenharia Gabryelle Ramada saiu do Velocitta entusiasmada com o aprendizado: “Incrível é a única palavra que eu acho para descrever como foi. É muito dinâmico, principalmente quando o carro vai sair para os treinos ou para as provas, é tudo muito rápido. Tem que saber trabalhar sob pressão em pouco tempo, decidir na hora e fazer na hora. Isso é o que mais me acrescentou experiência.  E cada prova é diferente da outra. Isso influencia no ajuste do carro. O estilo de pilotagem também. Na primeira etapa, a Moara pediu para deixar o amortecedor mais rígido, e, nesta, a Pâmela pediu para deixar menos. No mesmo carro, cada ajuste é personalizado. Isso é muito interessante”. 

Mais experiência – Para Bia Figueiredo, coordenadora do FIA Girls on Track Brasil e presidente da CFA, criada por Giovanni Guerra, presidente da CBA, o saldo da segunda etapa da Mit Cup foi positivo: “Nosso objetivo é preparar mais mulheres para trabalhar nas várias vertentes do esporte a motor.  O rally é um campo em que entramos nesta temporada. Levamos a Gabryelle pela segunda vez, tivemos uma nova mecânica e uma nova piloto. Ficamos chateadas pela Moara, estamos na torcida para que ela se recupere bem, e lamentamos não ter a Elisa navegando, mas ficamos felizes pelo sucesso profissional dela. O importante é que nosso time ganhou mais experiência. E vamos para a próxima!”.

A participação do time do FIA Girls on Track Brasil na Mit Cup tem o apoio da Mitsubishi Motors e da equipe Spinelli Racing.

A terceira etapa da Mit Cup será realizada em 8 de junho, em local a definir.

 

ASSESSORIA DE IMPRENSA DA CFA E DO FIA GIRLS ON TRACK BRASIL
Estela Craveiro

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