Velocidade no AsfaltoCada vez mais técnico, Di Grassi é atração na abertura da F-E em São Paulo Por Kauê Karneiro Publicado em 14 horas atrás Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Pinterest Depois de lançar o inovador e veloz projeto DGR, brasileiro palestrou sobre tecnologia na sede da Google, antes de ir para a pista orientar sua equipeDi Grassi em ação na temporada de estreia da Lola no Mundial(Lola Cars)Lucas Di Grassi é cada vez mais uma referência sobre tecnologia dentro e fora do universo do esporte a motor e da mobilidade. Nesta quinta-feira (3), o campeão mundial de Fórmula E palestrou sobre tecnologia aplicada a estas áreas durante um evento na sede da Google, em São Paulo. A seguir, foi para o autódromo para reuniões com a equipe Lola ABT Yamaha, em preparativos para a abertura do Campeonato Mundial, que acontece neste sábado, na pista montada na região do Sambódromo do Anhembi. Há duas semanas Lucas apresentou o DGR, projeto desenvolvido por ele com apoio da icônica fabricante Lola Cars, cujo objetivo é colocar em um mesmo carro de corridas a tecnologia disponível e mais avançada para um veículo de competição. O projeto chama a atenção pela racionalidade na aplicação de tecnologia e também pela visão do brasileiro. O resultado é um carro que nas simulações foi 4,3 segundos mais veloz e dez vezes mais eficiente do que os F-1 em Mônaco.Inteligência artificial nas corridas – Finalizado o projeto DGR, paralelamente ao desenvolvimento do atual Fórmula E Lucas trabalha em outras aplicações que podem mudar o esporte a motor. Na palestra que concedeu nesta quinta-feira, Di Grassi falou sobre o projeto de inteligência artificial que ele está desenvolvendo em conjunto com a Lola. A premissa é que a IA utilize todas as qualidades e deficiências de um determinado piloto e as aplique em simulações computacionais para atingir ao máximo desempenho que aquele competidor poderá chegar no traçado. Com isso, o piloto passará a ter um objetivo para perseguir: chegar aos resultados apresentados pela IA, que utilizou dados do próprio competidor como parâmetros. “A inteligência artificial pode simular mil voltas sem parar, o que é impossível para um humano, e com isso desenvolver o potencial máximo daquele piloto especificamente. Essa é uma das aplicações desse projeto”, explicou.Fim de uma geração – O campeonato que se inicia neste sábado será o último disputada pelo GEN3, terceira geração dos carros elétricos da Fórmula E. A partir de 2027, a GEN4 entrará na pista, trazendo avanços que farão os monopostos do Mundial obterem voltas que os colocará entre os também velozes F-2 e F-1. “Vamos desenvolver a nova geração em paralelo com a disputa da temporada 2025/2026. Será bastante trabalho para todas as equipes, mas o resultado será muito bom, com carros desenvolvendo mais de 800cv e muita downforce, tornando-se muito velozes e eficientes”, explicou Di Grassi. Com o novo carro, a categoria espera manter o nível de competitividade atingido pelo modelo atual: “Nos testes que fizemos em Valência (Espanha), usando ainda o GEN3, tivemos os 20 carros separados por apenas oito décimos de segundo. É um índice espetacular”, observou o piloto brasileiro.A corrida em São Paulo – Uma das batalhas vencidas pelo brasileiro, que lutou para trazer o Mundial ao Brasil, a etapa deste final de semana será a quarta corrida disputada no circuito de rua paulistano desde a estreia, em 2023. Com 2.933 metros de extensão e onze curvas, a pista é uma das mais rápidas do calendário do Mundial e costuma oferecer grandes disputas do começo ao final da corrida. “Para o piloto e a equipe, o traçado combina velocidade e muitas oportunidades de ultrapassagem com o desafio de gerenciar a energia e a temperatura da bateria – nossas corridas aqui sempre acontecem sob forte calor”, destaca Lucas. Por ser um traçado de rua, o circuito apresenta ondulações que, combinadas com a alta velocidade e as fortes frenagens, exigem cuidado extremo dos pilotos. “Pistas de rua são sempre mais perigosas do que autódromos. Aqui, as ultrapassagens costumam acontecer nas curvas 1, 4 e 7. Mas as longas retas também são pontos importantes. Como regra, temos sempre corridas muito disputadas – certamente estão entre as mais emocionantes do ano”, pontua Di Grassi. Na temporada 2025/206, Lucas terá novamente como seu parceiro o jovem barbadiano Zane Maloney. As atividades da Fórmula E em São Paulo começam com um treino livre nesta sexta-feira, a partir das 16h30. No sábado, os pilotos farão mais um treino, às 7h30, seguido pela sessão que definirá o grid, a partir das 9h40, com a corrida largando para 30 voltas às 14h05.Contatos Rodolpho Siqueira
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