Sem categoria Luto no automobilismo nacional Por Eni Alves Publicado em 14 de abril de 2021 Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Pinterest José Aloizio Cardozo Bastos, o “seu Bastos”, morre aos 88 anos Foto reprodução CBA É com profundo pesar que a Federação de Automobilismo de São Paulo comunica o falecimento de seu presidente José Aloizio Cardozo Bastos, ocorrido nesta terça-feira, em São Paulo (SP). O velório reservado aos familiares e está marcado para esta quarta-feira no Cemitério do Morumby. A família pede orações neste momento difícil. “Seu Bastos” Seu jeito espartano contrastava com a magnitude de sua gentileza. Os cabelos grisalhos escondiam a juventude que se fortalecia cada vez que cruzava o Portão 7 de Interlagos ou encontrava com um piloto, geralmente alguém que viu disputar a primeira corrida em provas de kart ou mini bug. José Aloizio Cardozo Bastos, ou simplesmente Bastos, será sempre lembrado pela generosidade que doou ao automobilismo brasileiro, em particular ao praticado em São Paulo. Nas pistas se fazia notar pela inquietude com que tratava de assuntos dos mais variados, o que o tornava ainda mais popular. Tamanha fama fomentou casos e causos que mesclaram o hilário ao prático, como quando colocou no bolso da camisa social de manga curta, traje do seu cotidiano de sempre, um pedaço de fita crepe onde escreveu um nome que podia ser Waldomiro, Waldemar ou outro qualquer, menos o seu. Com isso queria evitar que os oportunistas encontrassem o tal do Seu Bastos. Nos grandes eventos, cada vez que uma aglomeração atrapalhava o andar do espetáculo ou alguém se postava onde não devia, era com um apito que resolvia o inconveniente em dois assopros. Se o problema era uma dificuldade qualquer para alinhar em uma corrida, fazer a filiação necessária ou resolver um problema técnico, quem quer que lhe pedisse auxílio iria silenciar o apito e fazer surgir um dirigente que iria fazer de tudo para solucionar aquela situação. Foi assim desde que começou a trabalhar no Automóvel Clube do Rio de Janeiro, para onde se mudou após sua adolescência em Estrela Dalva (MG), terra de quitutes que jamais saíram de sua memória. Mais tarde mudou-se do Rio para São Paulo, estabeleceu-se como promotor, dirigente e personagem querido por todos. Fora das pistas, ele era Aloizio, como Dona Marina Zulma Bartolozzi Bastos o tratava carinhosamente e retribuía o amor de uma vida inteira, típico de um casal à moda antiga onde não se economizava apoio e atenção aos três filhos que deram quatro netos ao casal. José Aloizio Cardozo Bastos nasceu no dia 21 de fevereiro de 1933 e faleceu em 13 de abril de 2021, e viveu uma vida dedicada ao automobilismo.
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