Segundo a publicação de Jamie Klein para o site Autosport, a Audi anunciou que não participará do DTM após a temporada 2020, deixando a BMW como a única fabricante, já que a Aston Martin também se retirou do certame no fim de 2019, após uma temporada sofrível.

Depois de fazer o anúncio nesta segunda-feira (27), a Audi citou o desejo de concentrar suas energias em seus projetos de fornecimento de carros para equipes clientes e na Fórmula E, e também nas conseqüências econômicas negativas da pandemia global de coronavírus.

Sabe-se, contudo, que a Audi estava avaliando seu futuro envolvimento no DRM, mesmo antes da crise do COVID-19.

A decisão segue a da Volkswagen – dona da Audi – de encerrar seus programas de automobilismo não elétrico no ano passado.

“A Audi modelou o DTM e o DTM modelou o Audi”, comentou Markus Duesmann, presidente do Conselho de Administração da Audi.

Ele ainda diz que “Isso demonstra que poder existe no automobilismo – tecnológica e emocionalmente.

Com essa energia, impulsionaremos nossa transformação em um provedor de mobilidade elétrica esportiva e sustentável.”

Deusmann ainda afirma: “A Fórmula E oferece uma plataforma muito atraente para isso. Para complementá-la, estamos investigando outros formatos progressivos de automobilismo para o futuro.”

Atualmente, a Audi deve operar nove carros na temporada de 2020 da DTM, enquanto a BMW operará sete para completar um grid minguado de 16 carros.

A equipe da Aston Martin, operada pela R-Motorsport, retirou-se antes da temporada (como mencionado no início), o que significa que a retirada da Audi é a segunda em questão de meses.

Gerhard Berger, presidente dos promotores da DTM, ITR, considerou o anúncio da Audi “difícil” para a categoria, e pediu uma “abordagem mais unida” após a retirada do fabricante.

“Hoje é um dia difícil para o automobilismo na Alemanha e em toda a Europa”, afirmou Berger.

“Lamento profundamente a decisão da Audi de se retirar do DTM após a temporada de 2020.

Embora respeitemos a posição do conselho, a natureza de curto prazo deste anúncio apresenta à ITR, nosso parceiro BMW e nossas equipes uma série de desafios específicos”, revela o dirigente.

“Dada a nossa associação comum e as dificuldades particulares que todos enfrentamos durante a pandemia do COVID-19, teríamos esperado uma abordagem mais unida.

Essa decisão piora a situação, e o futuro do DTM agora depende muito de como nossos parceiros e patrocinadores reagem a essa decisão.”

O ex-piloto de F1 ainda complementa: “No entanto, espero que a Audi realize sua saída planejada de forma adequada, responsável e em plena parceria com a ITR.

Meu compromisso permanece com o próximo ano e com a garantia de proporcionar a nossas centenas de milhares de fãs uma temporada emocionante e competitiva. Mas, assim que possível, também quero criar segurança de planejamento para nossas equipes participantes, patrocinadores e todos cujo trabalho depende do DTM.” Finaliza.

 

Por: Jamie Klein

Tradução: Francisco Lins Brasil

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