Velocidade na Terra VNT Paranaense… Era uma vez? Por Eni Alves Publicado em 7 de fevereiro de 2017 Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Pinterest Grid de largada da etapa final do Campeonato Paranaense de 2013, categoria Marcas Em um passado (um pouco distante – década de 1980) o Campeonato Paranaense de VNT (Velocidade na Terra) era referência no Brasil e inspirava a prática da modalidade em outros estados como o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O Paraná tinha vários autódromos com pista de terra batida e atraía multidões (Veja imagem da reportagem em anexo no jornal Correio de Notícias) que vibravam com as manobras arrojadas e ultrapassagens em alta velocidade em partes do traçado onde, geralmente, se pouparia o carro. Correio de Notícias, edição n. 1906 de 05 de outubro de 1987, página 14 Nesta época, o organizador do Campeonato Paranaense de VNT era o senhor Euriel Zanetti, membro da Federação Paranaense de Automobilismo (FPRA). O Autódromo de asfalto em Pinhais, embora com problemas de estrutura física e financeira, promovia competições de várias categorias do esporte a motor, ainda assim, a sensação eram as corridas nas pistas de terra. Na década seguinte, com a restruturação do autódromo de Pinhais, pilotos e equipes foram aos poucos migrando para as disputas no asfalto, e os circuitos de chão batido foram sucumbidos pelo crescimento das cidades sedes e pelos grids cada vez menores. A verdade é que pouco se fez pela manutenção e promoção da prática automobilística em pistas de terra, tanto para atrair novos pilotos como público. O campeonato de VNT voltou a atrair adeptos na década de 2000. Com a promoção e organização de Gastão Vosgerau, também responsável pelas chaves dos portões do Autódromo de São José dos Pinhais, no bairro São Marcos, e fiscalizado pela FPRA, a modalidade parecia retomar o prestígio. Infelizmente, o automobilismo como um todo passa por maus bocados, não só no Brasil, mas no mundo. Além da economia mingua, organizadores, autoridades e pilotos parecem puxar a corda cada um para um lado, o que obviamente não levará ninguém a lugar nenhum. Em 2015, de acordo com dados estatísticos, com três competições na Terra disputando pilotos entre si – regional em S.J. dos Pinhais, regional em Ponta Grossa e o estadual -, o Campeonato Paranaense de VNT registrou os menores grids da história. Algumas categorias entraram na pista com quatro carros e tiveram que completar a largada com veículos de outras classes. No início da temporada 2016, o Paranaense de VNT voltou a ter grids mais cheios e nas cercas em volta da pista, pelo menos em São José dos Pinhais, mais olhares atentos nas disputas entre os competidores. Novamente, pilotos e público deixaram de ser cativados e o certame de 2016 encerrou com um descontentamento por grande parte dos envolvidos. Estamos no segundo mês de 2017 e não há certeza de que o Campeonato Paranaense de VNT será disputado. Segundo informações de José Mario do Amaral, da FPRA, o presidente Rubens Gatti tenta junto aos clubes de São Jose dos Pinhais e Ponta Grossa viabilizar a temporada 2017 na Terra e aguarda resposta até amanhã, quarta-feira. A informação que conseguimos é que o Automóvel Clube de São José dos Pinhais não tem interesse em realizar provas da VNT neste ano e que se a FPRA estiver disposta a pista poderá ser arrendada para a realização do evento. Após a publicação desta matéria o sr. Gastão Vosgerau respondeu que não tem nenhuma informação para divulgar, embora um áudio com a afirmação gravada por ele esteja circulando entre os pilotos. Já o sr. Odivaldo Alves, do Ponta Grossa Motor Clube, declarou que acha difícil que o campeonato aconteça. Segundo ele, os pilotos é que não demonstraram interesse em participar da competição neste ano em virtude dos custos altos. Se a FPRA resolver promover e organizar o campeonato ele está aberto ao diálogo. Com este impasse, esperamos que o Campeonato Paranaense de VNT não fique limitado aos recortes antigos de jornais e as histórias contadas pelos “velhos” automobilistas: Era uma vez…
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